13 outubro 2017

um Voltaire

Ao ver na TV uma conferência de imprensa dos advogados de defesa de José Sócrates, a conclusão que tirei é que a sua defesa tem sido mal conduzida. Como comunicadores, aqueles advogados são uma miséria. E se é certo que os arguidos da Operação Marquês necessitam de advogados para se defenderem, eles necessitam muito mais de humoristas e cartoonistas.

A Operação Marquês é uma guerra política conduzida por via mediática. Neste ponto, o Ministério Público tem marcado pontos em relação aos arguidos. Estes precisam de contratar mais cartoonistas e humoristas e menos advogados.

Aquele despacho de acusação de 4000 páginas deve conter episódios que, devidamente trabalhados, hão-de dar para rir às gargalhadas. E para rebolar a rir.

Objectivo: descredibilizar publicamente os procuradores do Ministério Público, porque é isso que eles visam fazer em relação aos arguidos.

Parece-me tão fácil a tarefa que até me arrepia pensar que nunca tenha ocorrido aos arguidos.

É que os magistrados do MP, de facto, não são pessoas credíveis pelo simples facto de terem inteira liberdade de mentir e de fazerem todas as tropelias no exercício da sua profissão sem responderem por elas - um privilégio que não assiste ao comum dos mortais.

Não é preciso um Voltaire para desancar nesta rapaziada. E é um serviço que se presta à verdadeira democracia porque o Ministério Público é a PIDE da democracia.

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